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Aplicação em taxa variável

 

O grande desafio para a atual geração agrícola mundial é a verticalização da produção em consonância com o orçamento disponível. A necessidade de uma boa gestão e manejo adequado da lavoura passa a ser obrigatória ao produtor, seguindo preceitos da agricultura de precisão, diversas são as técnicas disponíveis e aplicáveis para buscar o melhor ponto possível da curva estabelecida pela produtividade vs custos e, uma destas possibilidades é a aplicação de insumos em taxa variável.

 

Afinal, o que é a aplicação em taxa variável?

A aplicação em taxa variável, ferramenta da agricultura de precisão, parte do pressuposto da existência de uma variabilidade de diferentes índices em diferentes pontos da lavoura.

Isso significa que, em diferentes pontos da lavoura, o produtor pode identificar variações nos índices de nutrientes presentes no solo, diferentes níveis de infestações por pragas e/ou ervas daninhas, variação no teor de areia, silte e argila, enfim, diversas variáveis que apresentam diferentes níveis em cada ponto da área.

Desta forma, uma aplicação de insumos de forma desregulada, uniforme ou considerando um cálculo de média reflete diretamente na quantidade necessária, podendo causar desperdício de insumos, onde se aplica mais do que deveria, ou improdutividade, aplicando menos do que o necessário. Assim, o foco desta técnica é a eficácia na aplicação e a racionalização do recurso, utilizando-o com inteligência, observando as variáveis que a área propõe e ser preciso na forma de correção.

 

Como é possível realizar a aplicação em taxa variável?

O início de uma aplicação em taxa variável está na alocação de pontos de amostragem. A redução da grade amostral é importante para que haja uma gama maior de informações da área, grades de 0,5, 1, 2, 3 ou 5 hectares se mostraram eficientes na ilustração da variabilidade do terreno, isso parte da disponibilidade de orçamento do produtor, para uma coleta de solo mais, ou menos, detalhada.

Em seguida, é necessária a análise química, e física (se não houver histórico), desta área, para que sejam constatados os índices de nutrientes, saturação de bases, CTC, matéria orgânica, areia, silte e argila.

Imagem 1. Mapa da variabilidade de fósforo (P) na área após coleta de solo e análise das amostras. Fonte: TechSolo (2020).

 

Imagem 2. Mapa da variabilidade de magnésio (Mg) na área após coleta de solo e análise das amostras. Fonte: TechSolo (2020).

 

Assim, é notável a diferença da presença dos nutrientes com base na diferenciação entre os pontos e sendo importante a correção de forma diferente para cada uma das áreas.

O ponto de partida na parte de recomendação de insumos é a correção do solo, já que o equilíbrio de bases determina a disponibilidade de nutrientes. Um solo fértil, rico em matéria orgânica e argila, tem uma alta CTC, ou seja, muitas cargas negativas. Portanto, esse solo possui alta capacidade de retenção das cargas positivas, trazidas principalmente pelo cálcio, magnésio e potássio. O calcário, gesso agrícola e cloreto de potássio são os principais insumos que fornecem essas bases e, como são aplicados individualmente e em altas quantidades, podem ser feitos em taxa variável.

Em comparação ao setor de construção, o calcário funciona como alicerce, que precisa ser forte e bem formado para suportar melhores construções, ou produtividades, no caso agrícola. O cloreto de potássio (KCl) é importante não só para correção de bases, mas para nutrição de plantas e o gesso agrícola minimiza o efeito tóxico do alumínio e aumenta a disponibilidade de enxofre.

A expectativa de produtividade do cliente também deve ser considerada, além da CTC, argila e matéria orgânica. Quanto mais alta é a expectativa de produtividade, mais destes nutrientes são extraídos e, consequentemente, a carga do solo volta a ficar negativa. Daí a necessidade de considerarmos a produtividade, se houver um talhão com acúmulo histórico de água e com produções elevadas, se há um híbrido ou variedade de cultura a ser implantada com maior potencial genético, são informações consideráveis para garantia de que nenhum nutriente limitará o pico de produção esperado.

 

Como decidir a taxa que deve ser aplicada em cada região?

Para a determinação da taxa ideal de cada insumo nas diferentes partes que compõem o talhão, há diferentes atributos que devem ser considerados em relação a análise de solo:

  • Calcário: pH, saturação de bases (SB), cálcio (Ca) e magnésio (Mg).
  • Gesso agrícola: enxofre (S) e presença de alumínio tóxico na subsuperfície (Al).
  • Cloreto de potássio: presença de potássio ou saturação de potássio na CTC.

Através de fórmulas desenvolvidas por estudos históricos ao longo dos anos, ou fórmulas particulares de produtor para produtor, é possível correlacionar os valores de cada um dos itens matematicamente, chegando a um valor devido para aplicação, seja ele em toneladas por hectare, ou quilogramas por hectare. E, através da interpolação destes valores recomendados, obtém-se o mapa de recomendação para aplicação destes insumos.

Imagem 3. Recomendação para aplicação em taxa variável de calcário com base na interpolação da recomendação entre pontos. Fonte: TechSolo (2020).

Imagem 4. Recomendação de aplicação em taxa variável de fósforo com base na interpolação da recomendação entre pontos. Fonte: TechSolo (2020).

Imagem 5. Recomendação de aplicação em taxa variável de gesso com base na interpolação da recomendação entre pontos. Fonte: TechSolo (2020).

 

E o mesmo princípio é seguido para as recomendações de fertilizantes, com uma visão holística das diferenciações entre os pontos e observando as possibilidades de tratativas diferentes para cada um deles. Com isso, a normalização de teores de nutrientes é observada ao longo dos anos em diversas pesquisas, assim, o que antes era uma área observada com grande variabilidade, ao longo das safras e tratativas particulares para cada ponto, torna-se uma área menos variada.

Imagem 6. Evolução dos níveis de fósforo, antes (1ª safra) e depois (demais safras) da implantação da aplicação de insumos em taxa variável. Fonte: Wrege (2017).

 

A TechSolo – Agricultura de Precisão, oferece essas e outras soluções para implementação das ferramentas de agricultura de precisão para as mais diversas lavouras e culturas, como:

  • Distribuição de pontos de coleta com base em quaisquer tipos de grades amostrais, histórico de produção, unidades de manejo, relevo e histórico de chuvas;
  • Análise química e física de solo com certificado de qualidade nível A pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC);
  • Geração de mapas de fertilidade do solo, indicando os níveis de nutrientes presentes na área para todos os atributos analisados;
  • Recomendações de adubação personalizadas para cada cliente, seguindo fórmulas consagradas ou fórmulas específicas para cada uma das áreas;
  • Geração dos mapas de recomendação em taxa variável e envio dos arquivos ao cliente;
  • Treinamento e capacitação em como inserir e utilizar os arquivos no GPS embarcado ao trator ou caminhão para aplicação;
  • Tratamento destes arquivos pós-aplicação e envio ao cliente dos mapas para verificação de como se deu a aplicação.